Rotina de enfermeiro

Entenda como a enfermagem assiste em emergências respiratórias!

Com a chegada do outono, o número de emergências respiratórias aumentam, principalmente entre crianças e idosos. Isso porque o ar fica mais seco, as temperaturas baixam e há menor dispersão dos poluentes. Assim,  eleva-se a quantidade de bactérias no ar e as manifestações alérgicas, promovendo um aumento de queixas respiratórias em hospitais, por exemplo. Nesse sentido, o enfermeiro se torna fundamental.

Você sabe qual o papel da enfermagem na assistência às emergências respiratórias? Neste artigo, o Instituto Enfermagem de Valor te ajuda a entender. Abaixo, falamos o que são essas urgências e qual a atuação do profissional nos casos mais comuns. Siga lendo e entenda melhor!

O que são emergências respiratórias?

Primeiramente, vamos esclarecer as emergências respiratórias. O que são? De forma resumida, são enfermidades que atingem o sistema respiratório e causam  irritações e infecções. Podem comprometer diferentes áreas, seja de forma única ou generalizada, tais como:

  • vias nasais;
  • laringe;
  • faringe;
  • brônquios;
  • pulmões;
  • alvéolos pulmonares, entre outros.

Emergências respiratórias: quais são as principais e qual o papel da enfermagem?

 Existem diferentes tipos de condições e doenças que podem causar as emergências respiratórias. Além de doenças crônicas e fatores genéticos, a poluição do ambiente pode gerar problemas nesse sistema e órgãos, bem como outros agentes.

A seguir, indicamos as principais urgências respiratórias e como o enfermeiro atua em cada um. Veja!

Hipoxemia

Também chamada de falta de oxigenação no sangue, a hipoxemia é uma condição em que se tem baixa concentração de oxigênio nos glóbulos vermelhos. Com o agravamento do quadro, chegando às condições grave e aguda, pode se tornar um evento potencialmente fatal. Isso porque dificulta a respiração do paciente. 

Para evitar o óbito, o enfermeiro se torna fundamental. Em primeiro lugar, ele é o responsável por verificar os sinais vitais do paciente e realizar exames básicos para garantir sua estabilidade. Porém, se sua oximetria já estiver menor que 95%, podemos ligar o alerta. Além disso, o enfermeiro deve observar quaisquer sintomas, como possíveis crises convulsivas e parada cardíaca. Nesse caso, tem-se uma emergência. 

O enfermeiro deve, então, auxiliar na suplementação de oxigênio com a aplicação de cilindros de O2, concentradores de O2 e oxigênio líquido. Isto é, sempre observando se há melhora e monitorando o paciente. Além disso, deve trabalhar na reversão do quadro que originou a hipoxemia, particular de cada caso.

Asma

Entre as emergências respiratórias frequente em hospitais e clínicas também encontramos aquelas ligadas à asma. Segundo o banco de dados do Sistema Único de Saúde, atualizados em 2022, essa é uma questão de saúde comum, que acomete entre 20 milhões de brasileiros. Também conhecida como “bronquite asmática”, uma crise da doença respiratória pode ser desencadeada de duas formas:

  • alérgica – por conta de exposição a partículas de poeira, ácaros e fungos;
  • não alérgica – estresse, secura do ar, baixas temperaturas.

Em geral, no caso de crise asmática, o enfermeiro deve atuar da seguinte forma:

  • realizar testes para alergia, para identificar a causa da crise;
  • observar padrão respiratório, a saturação de oxigênio;
  • pedir aspiração da cânula endotraqueal;
  • fazer inalação e estimular deambulação.

Insuficiência respiratória

A insuficiência respiratória consiste na falta de troca de oxigênio por dióxido de carbono adequadamente. Essa condição faz com que o nível de dióxido de carbono (CO2) se eleve e o de oxigênio (O2) diminua. Pode ser causada por ventilação inadequada, obstrução de vias aéreas superiores, doenças pulmonares pré-existentes, complicações pós-operatórias, entre outras.

Para confirmar a condição, pode-se realizar exame laboratorial (gasometria) ou observar os sinais clínicos, que já podem deixar evidente a existência do problema. Se for confirmada, cabe ao enfermeiro aplicar a:

  • cânula orofaríngea: dispositivo de borracha introduzido na boca;
  • cânula naso-faríngea: dispositivo de borracha para ser introduzido pelo nariz.

Além disso, a equipe de enfermagem ainda deve garantir a correta monitorização da oximetria e cardíaca, e realizar uma oxigenoterapia.

Embolia pulmonar

A embolia pulmonar, por sua vez, é o bloqueio de uma ou mais artérias dos pulmões. A obstrução pode ser causada por gordura, ar, coágulo de sangue ou células cancerosas. Em cada paciente a condição pode surgir por situações diversas, necessitando sempre de acompanhamento e monitoramento para prevenir.

No entanto, essa também é considerada uma das emergências respiratórias mais comuns. Ocorre com frequência em hospitais, principalmente entre pacientes de urgências e no pós-operatório. Nesse caso, a equipe de enfermagem deve:

  • verificar e oferecer um posicionamento mais confortável para garantir a respiração;
  • administrar analgésicos para melhorar a dor;
  • administrar anticoagulantes prescritos;
  • ofertar oxigenoterapia continuada;
  • monitorizar o paciente e verificar sinais vitais com frequência;
  • estar alerta para os sinais de choque cardiogênico, aumento do consumo de oxigênio, para evitar insuficiência cardíaca.

Edema agudo de pulmão

Por fim, o edema pulmonar agudo também se encaixa entre as principais emergências respiratórias. Consiste no acúmulo de líquido nos alvéolos e interstícios pulmonares. Essa concentração dificulta o processo de oxigenação do sangue, dificultando a respiração. Por isso, seu agravamento é perigoso.

Quando já se encontra em fase aguda, o edema de pulmão pode vir a se tornar fatal. Por isso, quando diagnosticado, o enfermeiro deve:

  • posicionar o paciente sentado para propiciar máxima expansão pulmonar;
  • instalar cateter urinário;
  • fornecer oxigênio suplementar por meio de máscara facial, cânula nasal ou máscara de pressão positiva.

Em alguns casos, ainda pode ser necessário utilizar ventiladores mecânicos para diminuir o esforço respiratório do paciente.

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