Quando um paciente passa longos períodos deitados, ou em uma mesma posição é comum desenvolver feridas por causa da pressão sobre uma mesma região. As chamadas escaras exigem alguns cuidados específicos dos profissionais de enfermagem. Veja algumas dicas que separamos para cuidar e não deixar que o quadro evolua para algo mais grave!
Escaras, escaras de decúbito, úlceras de decúbito ou úlceras de pressão, são lesões específicas que podem surgir em algumas áreas da pele. As feridas características das escaras têm extensão e profundidade variáveis.
De modo geral, isso acontece por causa do longo período em uma mesma posição. Isso faz com que haja deficiência prolongada na irrigação de sangue e na distribuição de nutrientes. Ficar muito tempo deitado ou sentado em uma mesma posição faz com que a pele receba pressão extra. E, além disso, a umidade e fricção são condições que deixam o quadro agravado. As escaras são comuns em pacientes internados acamados ou cadeirantes.
As feridas podem aparecer em diversas regiões de apoio do corpo. Mas o problema é mais suscetível em locais como atrás da cabeça, orelhas, costas, ombros, articulação do quadril, cóccix, joelhos, nádegas, cotovelos e calcanhares. São os locais sobre superfícies duras onde a circulação de sangue é menor.
O enfermeiro pode realizar o diagnóstico das escaras após avaliar a aparência da pele. Quando ela apresenta vermelhidão, coceira ou sinais de infecção é preciso ficar atento. O profissional de saúde deve ter mais cautela principalmente com pacientes que têm pouca sensibilidade. Atenção redobrada com paraplégicos, tetraplégicos, ou pessoas que estejam inconscientes. Dependendo do estágio, são necessárias algumas ações e exames específicos para analisar se a infecção é apenas local ou se ela entrou na corrente sanguínea e pode danificar outras partes do corpo.
Dessa forma, as escaras são classificadas de acordo com a gravidade dos sintomas em 4 estágios:
Em primeiro lugar, para fazer o melhor tipo de tratamento é preciso identificar o estágio. Nos estágios 1 e 2, onde ainda não há feridas expostas, o tratamento deve ser feito para melhorar a circulação sanguínea local. Nesses casos, o profissional pode fazer massagens suaves e tentar mudanças na posição. O enfermeiro também pode usar algumas pomadas específicas. Essas variam de acordo com o tecido e região afetada.
Por outro lado, se as escaras já atingiram os estágios 3 ou 4 é preciso mais higiene e atenção. Nessa fase é essencial que os curativos sejam feitos e trocados com frequência para não agravar o quadro de infecção.
O profissional de enfermagem pode ajudar a evitar as escaras seja em hospital, ou na casa do paciente, com algumas medidas simples.
Um dos principais fatores de risco das escaras é a idade avançada. Além disso, outras pessoas que são mais propensas a desenvolver o problema são aquelas de imobilidade total e com desnutrição ou desidratação. Por esse motivo, os idosos são o maior grupo de risco.
Como essa faixa etária, no geral, é mais dependente, é preciso ter mais atenção às regiões. É aí que entra a importância da mudança de decúbito.
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