Escaras em pacientes da enfermagem

Publicado em 25 de janeiro de 2022
Escaras Em Pacientes Da Enfermagem

Quando um paciente passa longos períodos deitados, ou em uma mesma posição é comum desenvolver feridas por causa da pressão sobre uma mesma região. As chamadas escaras exigem alguns cuidados específicos dos profissionais de enfermagem. Veja algumas dicas que separamos para cuidar e não deixar que o quadro evolua para algo mais grave!

Entendendo o problema

O que são escaras?

Escaras, escaras de decúbito, úlceras de decúbito ou úlceras de pressão, são lesões específicas que podem surgir em algumas áreas da pele. As feridas características das escaras têm extensão e profundidade variáveis.

De modo geral, isso acontece por causa do longo período em uma mesma posição. Isso faz com que haja deficiência prolongada na irrigação de sangue e na distribuição de nutrientes. Ficar muito tempo deitado ou sentado em uma mesma posição faz com que a pele receba pressão extra. E, além disso, a umidade e fricção são condições que deixam o quadro agravado. As escaras são comuns em pacientes internados acamados ou cadeirantes.

As feridas podem aparecer em diversas regiões de apoio do corpo. Mas o problema é mais suscetível em locais como atrás da cabeça, orelhas, costas, ombros, articulação do quadril, cóccix, joelhos, nádegas, cotovelos e calcanhares. São os locais sobre superfícies duras onde a circulação de sangue é menor.

Sintomas

O enfermeiro pode realizar o diagnóstico das escaras após avaliar a aparência da pele. Quando ela apresenta vermelhidão, coceira ou sinais de infecção é preciso ficar atento. O profissional de saúde deve ter mais cautela principalmente com pacientes que têm pouca sensibilidade. Atenção redobrada com paraplégicos, tetraplégicos, ou pessoas que estejam inconscientes. Dependendo do estágio, são necessárias algumas ações e exames específicos para analisar se a infecção é apenas local ou se ela entrou na corrente sanguínea e pode danificar outras partes do corpo.

Dessa forma, as escaras são classificadas de acordo com a gravidade dos sintomas em 4 estágios:

  • Estágio 1: quando a pele fica vermelha é o estágio inicial e mais simples de ser tratada. Nessa fase pode ocorrer coceira, queimação e pequenos incômodos. Pode ser que em alguns pacientes, a região fique com uma cor roxa/azul.
  • Estágio 2: é nesse estágio que começam aparecer feridas ou pequenas bolhas aquosas. Essa segunda pode se romper deixando a ferida “aberta” e esbranquiçada. Pacientes conscientes relatam dor e sensação de queimação ainda mais forte.
  • Estágio 3: quando as feridas causadas no estágio dois não cicatrizam de forma adequada, ou não são percebidas, o estágio avança formando-se lesões abertas e mais profundas. É também nesse estágio que percebemos mau cheiro e/ou pus.
  • Estágio 4: o último estágio das escaras é o mais grave e as feridas afetam os tecidos mais profundos como músculos, ligamentos e tendões. Os casos mais severos podem afetar até cartilagens e ossos. As feridas nessa fase se tornam tecido morto formando necrose. Além disso, há risco elevado de infecções em outras partes do corpo. Como resultado desse estágio, ainda podem surgir: celulite (tipo de infecção na pele), infecção generalizada e até câncer (quando a ferida não cicatriza).

Tratamento

Em primeiro lugar, para fazer o melhor tipo de tratamento é preciso identificar o estágio. Nos estágios 1 e 2, onde ainda não há feridas expostas, o tratamento deve ser feito para melhorar a circulação sanguínea local. Nesses casos, o profissional pode fazer massagens suaves e tentar mudanças na posição. O enfermeiro também pode usar algumas pomadas específicas. Essas variam de acordo com o tecido e região afetada.

Por outro lado, se as escaras já atingiram os estágios 3 ou 4 é preciso mais higiene e atenção. Nessa fase é essencial que os curativos sejam feitos e trocados com frequência para não agravar o quadro de infecção.

Evitando as escaras

O profissional de enfermagem pode ajudar a evitar as escaras seja em hospital, ou na casa do paciente, com algumas medidas simples.

  • Mudança da posição do corpo de 2 em 2 horas (isso evita a pressão local permitindo o fluxo de sangue correto);
  • Usar almofadas e elevar partes do corpo que ficam sob pressão como calcanhares ou atrás da cabeça, por exemplo;
  • Evitar posicionar a pessoa em áreas que já tenham inchaço, vermelhidão ou pequenos machucados;
  • Hidratar bem a pele após a higienização do corpo;
  • Não deixar nenhuma parte do corpo molhada ou úmida;
  • Ter atenção redobrada em pacientes com incontinência urinária porque a urina pode causar infecções em locais próximos;
  • Mudar a roupa do paciente e os lençóis da cama evitando sujeira e umidade do próprio suor;
  • Exercitar (se o paciente não se movimentar sozinho, é seu dever ajudar a exercitar as pernas, braços e pescoço para melhorar a circulação e reduzir a pressão);
  • Examinar a pele diariamente à procura de inchaço e outros sintomas típicos da doença;
  • Fazer o uso de curativos de espuma em áreas mais suscetíveis às escaras como calcanhar, região lombar, ombros ou cotovelos, por exemplo.

Escaras em idosos

Um dos principais fatores de risco das escaras é a idade avançada. Além disso, outras pessoas que são mais propensas a desenvolver o problema são aquelas de imobilidade total e com desnutrição ou desidratação. Por esse motivo, os idosos são o maior grupo de risco.

Como essa faixa etária, no geral, é mais dependente, é preciso ter mais atenção às regiões. É aí que entra a importância da mudança de decúbito.

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