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Como o enfermeiro cuida do paciente com Doença de Alzheimer?

Entre outras funções, a rotina do enfermeiro consiste no cuidado e melhora na qualidade de vida de todos as pessoas que por ele são tratadas. Mas, além disso, existem algumas doenças que exigem ainda mais esforço. É o caso do paciente com Doença de Alzheimer. Por isso, o Instituto Enfermagem de Valor preparou esse artigo que explica um pouco sobre a doença e diz quais os principais cuidados do papel do enfermeiro com um paciente com essa doença. 

Leia o nosso artigo e confira!

Entendendo a doença 

Por ser uma doença que não apresenta muitos sinais nos seus estágios iniciais, a Doença de Alzheimer (DA), ou Mal de Alzheimer, é uma doença degenerativa progressiva e irreversível. No geral, ela causa perdas graduais da função cognitiva em pacientes mais idosos. Também podem ser notadas alterações no comportamento e afeto. 

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que o problema atinge cerca de 25 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem estudos que provam que  1,2 milhões de brasileiros têm a doença. E mais: há uma incidência de 100.000 novos casos a cada ano. 

Sintomas

Como falado acima, a doença pode demorar a desenvolver sintomas. Por isso, muitas vezes o seu diagnóstico demora ser feito. Mas, no geral, os sintomas apresentados, mesmo que em estágios mais avançados incluem: 

  • déficits de memória; 
  • personalidade alterada com indiferença; 
  • falta de afeto; 
  • linguagem comprometida;
  • alterações de memória;
  • desorientação do raciocínio;
  • falta de concentração;
  • impossibilidade de realização de tarefas complexas.

E mesmo que alguns sintomas sejam parecidos, o Alzheimer não é a mesma coisa que demência. Na verdade, o Mal de Alzheimer é uma forma mais grave da doença em si. 

O papel do enfermeiro no atendimento ao paciente com Doença de Alzheimer

1 – Criar um vínculo com o idoso e sua família

Quando o enfermeiro pega um paciente com Doença de Alzheimer é essencial que ele crie um vínculo forte tanto com o paciente como com a família dele. Isso porque a confiança gerada no profissional e no trabalho realizado é essencial para melhora da qualidade de vida. Mesmo que a doença em si não tenha uma cura conhecida, é possível tornar a rotina menos pesada. 

2 – Manter os cuidados técnicos de conforto e alívio de dor

Em primeiro lugar, é papel fundamental do enfermeiro promover a melhora da qualidade de vida, como citado acima. Sendo assim, ele deve cuidar do repouso e sono do paciente. Essa ação já ajuda na melhora de possíveis  dores.  Além disso, o enfermeiro também deve incentivar o paciente a falar quando estiver com dor e/ou qualquer desconforto. Assim, será possível notificar o médicos para tomar as medidas necessárias. 

3 – Respeitar as preferências e rotinas familiares do idoso

Cuidar não é apenas “tomar conta”. É preciso manter o diálogo com o idoso e, acima de tudo, respeitar os desejos e autonomia dele. Para isso, é preciso entender como era a sua rotina antes dele desenvolver a doença. Conversar com a família também ajuda no processo. O paciente com Doença de Alzheimer apresenta muitas reações emocionais negativas nos estágios iniciais. Dessa forma pode haver dificuldade de adaptação às mudanças, causando desmotivação.

4 – Fazer mudanças de decúbito e atividades de estímulo cerebral

Para evitar úlceras por pressão ou escaras é essencial mudar o paciente de posição a cada 2 horas pelo menos. Isso ajuda a diminuir a pressão sobre a área afetada, principalmente se o grau da doença estiver avançado e o paciente for acamado. 

Além disso, é essencial estimular os idosos com a convivência familiar e outras atividades que estimulem o cérebro. Jogos da memória, caça-palavras e sudoku são ótimas opções, por exemplo. Converse sempre com a família e mostre a importância da interação. Incentive netos e filhos a conversarem e passarem mais tempo com o paciente com Doença de Alzheimer. O principal objetivo é evitar que eles se sintam solitários ou desamparados. 

5 – Dar suporte e acolhimento ao idoso e seus familiares

Sempre escute o seu paciente. Essa é uma das principais formas de melhorar a sua relação com ele.  Não basta apenas ajudar com as dificuldades em desenvolver atividades diárias, como locomoção, motricidade e deglutição, por exemplo. Muitas vezes é preciso praticar a empatia e se colocar no lugar do idoso. Cada fase do Alzheimer necessita de acompanhamento especializado. O foco é sempre voltado para minimizar os problemas causados pela doença. Outro ponto importante é ajudar no combate às formas de preconceito. Por desconhecerem, até mesmo pessoas da família podem se afastar quando eles mais precisam. 

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