Enfermagem obstétrica de urgência: qual papel do profissional?
A obstetrícia é a parte da medicina que estuda a reprodução feminina. Na área da enfermagem, o profissional ajuda desde o início da descoberta da gestação, até a realização do parto em si. E não para por aí. O enfermeiro obstetra também pode atuar nos aspectos fisiológicos e patológicos após o nascimento dos bebês. Dessa forma, durante toda a gravidez podem ocorrer problemas levando as mulheres até a emergência. Pensando nisso, no artigo de hoje, o Instituto Enfermagem de Valor trouxe mais sobre a enfermagem obstétrica de urgência. No texto, contamos até onde vai o papel do profissional para combater um problema muito sério: a mortalidade materna. Acompanhe a leitura e descubra!
O que é enfermagem obstétrica?
Dados do Ministério da Saúde apontam que a taxa de mortalidade de mulheres grávidas no Brasil ainda é muito alta. E para começarmos a falar de enfermagem obstétrica é preciso ter em mente que o principal objetivo dessa área de especialização é diminuir esses números no país. E isso vale para qualquer óbito que ocorre durante uma gestação ou durante o parto.
Entre as causas mais comuns para esses números, podemos citar:
- hemorragias;
- abortos;
- malformações genéticas;
- infecções.
Mas, de uma forma geral, a enfermagem obstétrica também tem como objetivo promover cuidados e garantir o bem-estar das mamães e seus bebês. Sendo assim, os profissionais são requisitados durante exames pré-natais, laboratoriais e até na hora do parto.
Qual o papel do enfermeiro obstetra?
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) regulamenta e estabelece as atividades que podem e devem ser realizadas por quem opta pela área de enfermagem obstétrica. Veja alguns deles:
- coordenar o setor de enfermagem em instituição que diz respeito à área de obstetrícia;
- auxiliar nas consultas da enfermagem obstétrica;
- oferecer assistência a pacientes obstétricos em estado grave;
- tomar decisões imediatas;
- colaborar na construção de centros clínicos especializados em obstetrícia;
- aplicar ações que ajudam a prevenir infecções hospitalares;
- acompanhar a evolução e o trabalho de parto;
- auxiliar em partos normais;
- assistir à gestante e o recém-nascido;
- realizar procedimentos específicos como a episiotomia e a episiorrafia;
- fazer a preparação da mãe para o momento do parto;
- monitorar os sinais vitais da mãe e do bebê;
- auxiliar a mãe no pós-parto, prestando os primeiros atendimentos;
- ajudar a desenvolver programas educacionais na área obstétrica.
Tipos de emergências e urgências em obstetrícia
Eclâmpsia
É uma doença caracterizada por episódios repetidos de convulsões, seguidos de coma. Dependendo das condições gerais de saúde da mãe e do bebê pode ser fatal para ambos. A eclâmpsia acontece devido à implantação e o desenvolvimento dos vasos sanguíneos na placenta.
Contrações não efetivas
Quando a mãe sente dores, mas o bebê ainda não está na posição ideal, por isso não basta que haja contrações. Dependendo do caso, pode ser necessária a administração de ocitocina (substância que ajuda a induzir contrações) e, caso não resolva, pode ser indicada uma cesária.
Gravidez Ectópica
Quando o embrião se forma fora da cavidade uterina – local correto onde deveria se fixar. Geralmente o problema é causado por uma disfunção das trompas e pode induzir ao parto prematuro.
Batimentos cardíacos baixos
A cada contração o bebê também sente dores, por isso, quando os batimentos estão muito baixos (queda da vitalidade fecal), é preciso monitorar porque ele pode estar sentindo dor.
Cabeça do bebê muito maior do que o canal vaginal na hora do parto
Em alguns casos não importa o quanto o colo do útero está dilatado, a cabeça do bebê pode ser maior (desproporção encéfalo-pélvica). Nesses casos é preciso realizar uma cesárea porque o parto normal se torna impossível.
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